Ricardo Mendes Ribeiro, do Centro e Dep. de Física, criou em coautoria um dispositivo bidimensional excecional a absorver luz e convertê-la em eletricidade. Projeto inclui ainda dois Nobel e cientistas do Reino Unido, Alemanha, Coreia do Sul, Singapura e Rússia.
Uma equipa internacional, que inclui um investigador da Escola de Ciências da Universidade do Minho, criou um dispositivo bidimensional com uma capacidade "absolutamente excecional" para absorver luz e convertê-la em eletricidade. A investigação acaba de sair na prestigiada revista "Science" e constitui "um novo paradigma na fotodeteção e na energia solar". O projeto inclui Andre Geim e Konstantin Novoselov, ambos Nobel da Física 2010, e junta cientistas das universidades de Manchester (Reino Unido), Minho (Portugal), Freie (Alemanha), Nacional de Seul (Coreia do Sul), Nacional de Singapura (Singapura) e o Instituto de Tecnologia de Microeletrónica (Rússia).
O trabalho apresenta um novo dispositivo com a espessura de um átomo, para aplicar na eletrónica do futuro. Foram montados vários tipos de semicondutores di-calcogéneos num suporte que inclui grafeno e outros materiais bidimensionais. "Este dispositivo tem uma capacidade extraordinária. Por cada 100 fotões de luz, 30 são convertidos em eletricidade, o que o coloca entre os melhores conversores de luz em eletricidade que existem. E também já pode competir com as melhores células solares que se produzem, apesar de ser apenas um protótipo", disse Ricardo Mendes Ribeiro, do Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho e coautor do artigo "Strong Light-Matter Interactions in Heterostructures of Atomically Thin Films".
Este dispositivo permitirá gerar energia elétrica de uma forma limpa, com materiais amigos do ambiente, ainda que sejam pequeníssimas quantidades, porque têm espessura atómica. Pode ser montado em muitos tipos de substrato, incluindo flexíveis, como o plástico. "Vai ser possível ter células solares com alta eficiência embutida nas nossas roupas e a carregar os nossos telemóveis", realçou Ricardo Mendes Ribeiro.
O físico português acrescentou que os materiais bidimensionais tornam-se cada vez mais importantes em muitos campos da pesquisa científica, especialmente quando integrados com outros materiais do género. Neste estudo publicado merece destaque o grafeno - um subproduto da grafite, descoberto em 2004 por Gaim e Novoselov -, que é o material mais fino do mundo, muito melhor condutor de eletricidade do que o cobre, 100 a 300 vezes mais resistente do que o aço e com propriedades óticas ímpares. Com este "material-maravilha do século XXI" já se produziram protótipos com aplicações biológicas, ambientais e eletrónicas, entre outras. A União Europeia vai atribuir 500 milhões de euros ao consórcio Graphene Flagship, que junta 600 equipas e em Portugal é liderado pela Escola de Ciências da UMinho.
Uma equipa internacional, que inclui um investigador da Escola de Ciências da Universidade do Minho, criou um dispositivo bidimensional com uma capacidade "absolutamente excecional" para absorver luz e convertê-la em eletricidade. A investigação acaba de sair na prestigiada revista "Science" e constitui "um novo paradigma na fotodeteção e na energia solar". O projeto inclui Andre Geim e Konstantin Novoselov, ambos Nobel da Física 2010, e junta cientistas das universidades de Manchester (Reino Unido), Minho (Portugal), Freie (Alemanha), Nacional de Seul (Coreia do Sul), Nacional de Singapura (Singapura) e o Instituto de Tecnologia de Microeletrónica (Rússia).
O trabalho apresenta um novo dispositivo com a espessura de um átomo, para aplicar na eletrónica do futuro. Foram montados vários tipos de semicondutores di-calcogéneos num suporte que inclui grafeno e outros materiais bidimensionais. "Este dispositivo tem uma capacidade extraordinária. Por cada 100 fotões de luz, 30 são convertidos em eletricidade, o que o coloca entre os melhores conversores de luz em eletricidade que existem. E também já pode competir com as melhores células solares que se produzem, apesar de ser apenas um protótipo", disse Ricardo Mendes Ribeiro, do Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho e coautor do artigo "Strong Light-Matter Interactions in Heterostructures of Atomically Thin Films".
Este dispositivo permitirá gerar energia elétrica de uma forma limpa, com materiais amigos do ambiente, ainda que sejam pequeníssimas quantidades, porque têm espessura atómica. Pode ser montado em muitos tipos de substrato, incluindo flexíveis, como o plástico. "Vai ser possível ter células solares com alta eficiência embutida nas nossas roupas e a carregar os nossos telemóveis", realçou Ricardo Mendes Ribeiro.
O físico português acrescentou que os materiais bidimensionais tornam-se cada vez mais importantes em muitos campos da pesquisa científica, especialmente quando integrados com outros materiais do género. Neste estudo publicado merece destaque o grafeno - um subproduto da grafite, descoberto em 2004 por Gaim e Novoselov -, que é o material mais fino do mundo, muito melhor condutor de eletricidade do que o cobre, 100 a 300 vezes mais resistente do que o aço e com propriedades óticas ímpares. Com este "material-maravilha do século XXI" já se produziram protótipos com aplicações biológicas, ambientais e eletrónicas, entre outras. A União Europeia vai atribuir 500 milhões de euros ao consórcio Graphene Flagship, que junta 600 equipas e em Portugal é liderado pela Escola de Ciências da UMinho.